Justiça condena envolvidos na Braiscompany a mais de 170 anos de prisão por crimes financeiros

(Foto: Camila Ferreira)

Trio é responsabilizado por esquema bilionário de fraudes com criptoativos em Campina Grande

Campina Grande, 16 de abril de 2025 – A Justiça Federal na Paraíba condenou, nesta terça-feira (15), três integrantes da empresa Braiscompany a penas que, somadas, ultrapassam 170 anos de prisão. A decisão foi proferida pela 4ª Vara Federal de Campina Grande, sob a responsabilidade do juiz Vinícius Costa Vidor.

Os réus foram considerados culpados por crimes como lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, operação irregular de instituição financeira e associação criminosa. O processo teve origem em uma investigação do Ministério Público Federal (MPF), com o apoio da Polícia Federal e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Segundo as autoridades, a Braiscompany movimentou mais de R$ 1 bilhão, prejudicando milhares de pessoas em todo o país com falsas promessas de ganhos expressivos a partir de investimentos em criptoativos, que nunca se concretizaram.

O principal condenado é Joel Ferreira de Souza, apontado como líder do esquema, que recebeu pena de 128 anos, 5 meses e 28 dias de prisão, além de mais de 6 mil dias-multa. Seus bens foram bloqueados até o montante de R$ 36,59 milhões e ele cumprirá a pena em regime fechado.

Gesana Rayane Silva, também identificada com papel relevante na organização, foi condenada a 27 anos, 10 meses e 10 dias de reclusão, com mais de 2 mil dias-multa e obrigação de ressarcir os prejuízos junto a Joel.

Victor Augusto Veronez de Souza foi sentenciado a 15 anos de prisão e ao pagamento de multa determinada pela Justiça, igualmente em regime fechado.

A sentença ainda determina a suspensão dos direitos políticos dos réus, expedição de mandados de prisão após o trânsito em julgado e o estabelecimento de valor mínimo de indenização às vítimas, fixado em R$ 36,5 milhões.

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