Hugo Motta viaja para o exterior no feriado para fugir da pressão pelo projeto da Lei da Anistia

Presidente da Câmara enfrenta cobranças de líderes da direita, mas mantém diálogo e acordo com governo Lula e ministro do Supremo

Da Redação

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), deve aproveitar o feriado prolongado da Semana Santa para se afastar temporariamente e fugir do intenso debate sobre o projeto de lei da anistia, que propõe perdão aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. A proposta, que alcançou 257 assinaturas para tramitação em regime de urgência, tem gerado pressão de deputados do Partido Liberal (PL) e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas Motta sinaliza cautela na condução do tema.

Fontes próximas ao parlamentar indicam que ele usará os dias de recesso, a partir de quinta-feira (17), para avaliar os próximos passos, enquanto mantém conversas com líderes do governo e do Supremo Tribunal Federal (STF) para tomar uma decisão. Na última semana, Motta não se comprometeu a pautá-la imediatamente, priorizando outras agendas, como a PEC da Segurança Pública, também conhecida como a PEC da Facções, que tira poder das polícias.

O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), intensificou a mobilização pela anistia, enquanto setores do governo, como a ministra Gleisi Hoffmann, defendem que qualquer revisão de penas deve respeitar a autonomia do STF. O recesso parlamentar pode servir como uma estratégia de Motta para esfriar as tensões antes de decidir sobre a votação.

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