Popularidade de Lula em queda livre, revela mais uma pesquisa

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Desaprovação do governo Lula III sobe para 55%, enquanto aprovação despenca para 40%, segundo levantamento nacional

A mais recente pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta terça-feira (25), traz números alarmantes para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com uma desaprovação de 55%, que representa um salto de 9 pontos percentuais em relação ao último levantamento, e uma aprovação que caiu 10 pontos, agora em 40%, o terceiro mandato de Lula enfrenta seu pior momento de popularidade desde o início, em 2023. Esses dados, coletados entre 19 e 23 de fevereiro, mostram um cenário de desgaste crescente, superando até os resultados negativos registrados pela Paraná Pesquisas na semana anterior. O que está por trás dessa derrocada?

O aumento da desaprovação reflete um sentimento de insatisfação que vem se acumulando. Embora a pesquisa não detalhe as razões específicas no trecho fornecido, o contexto político e econômico oferece pistas. Questões como a inflação persistente, o desemprego em algumas regiões e a percepção de promessas não cumpridas — como a volta do “milagre econômico” dos anos 2000 — podem estar pesando na avaliação popular. Comparada à Paraná Pesquisas, que já apontava uma tendência de queda, a CNT/MDA confirma que o declínio não é um fato isolado, mas uma trajetória consolidada, com perdas mais expressivas em apenas poucos meses.

Lula, que começou 2023 com índices de aprovação acima de 50%, vê agora sua base de apoio encolher. O salto na desaprovação, de 46% em novembro de 2024 para 55% agora, sugere que o governo perdeu terreno mesmo entre eleitores que antes se mostravam indecisos. Já a aprovação, que caiu de 50% para 40%, indica que até os mais fiéis estão começando a questionar a gestão. Esses números são piores que os do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no mesmo estágio de seu mandato durante a pandemia, quando a desaprovação girava em torno de 43% em maio de 2020, segundo levantamentos da época.

A rejeição crescente não surpreende quem acompanha o cenário político. A oposição, liderada por figuras como Bolsonaro e seus aliados, tem explorado cada tropeço do governo, enquanto a base aliada enfrenta dificuldades para emplacar uma narrativa positiva. O PT, que historicamente depende do carisma de Lula, pode estar sentindo os limites dessa estratégia em um contexto de crise global e desafios internos. Ainda assim, 40% de aprovação não é um número desprezível — mostra que o presidente mantém um núcleo duro de apoio, especialmente no Nordeste e entre eleitores de baixa renda, conforme padrões de pesquisas anteriores.

O que vem pela frente? Com as eleições de 2026 se aproximando, o governo precisará reverter essa curva descendente para evitar um efeito cascata nas urnas. Lula já anunciou agendas em diversos estados para divulgar obras e investimentos, mas o sucesso dessa estratégia dependerá de resultados concretos que cheguem ao dia a dia da população. Por ora, os números da CNT/MDA são um alerta: o “Lula continua derretendo” não é apenas uma frase de efeito, mas uma realidade que desafia a resiliência de um dos maiores líderes políticos do Brasil.

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