Comunidade terapêutica em Santa Rita é alvo de ação do Ministério Público por denúncias de abusos

Local é acusado de cárcere privado, trabalho forçado e abuso sexual; 48 internos foram resgatados, e três pessoas foram autuadas

Da Redação

Uma comunidade terapêutica localizada na Zona Rural de Santa Rita, na Grande João Pessoa, foi alvo de uma ação do Ministério Público da Paraíba nesta segunda-feira (30). A instituição, identificada como Comunidade Terapêutica Recomeço, enfrenta graves denúncias, incluindo cárcere privado, sequestro, trabalho forçado, abuso sexual e abuso químico. Três pessoas, entre elas o diretor, o coordenador e um monitor, foram autuadas e levadas à delegacia para prestar esclarecimentos.

Durante a fiscalização, conduzida com o apoio da Vigilância Sanitária e do Conselho Regional de Farmácia da Paraíba, foram encontradas diversas irregularidades nas condições sanitárias e no armazenamento de medicamentos. Os remédios eram mantidos de forma inadequada e fora do prazo de validade. A comunidade abrigava cerca de 100 internos, dos quais 48 foram resgatados após a operação.

Relatos colhidos no local apontam que muitos pacientes foram internados contra a própria vontade e teriam sido submetidos a agressões físicas e trabalho forçado. Segundo a promotora Ana Maria França, que participou da ação, “todos os internos eram submetidos a horários de trancamento nos quartos e a tratamentos químicos, aplicados sem orientação médica ou individualização dos remédios”. A promotora também mencionou denúncias de abuso sexual na instituição.

A assessoria jurídica da comunidade terapêutica informou que se pronunciará publicamente após os esclarecimentos junto à Justiça. As autoridades seguem com os procedimentos e processos de praxe para aprofundar as investigações sobre as denúncias.

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