Promotores de Justiça se declaram suspeitos em caso de prisão de médico acusado de abuso sexual

Casos de foro íntimo levam promotores a se afastarem de processo de prisão de médico acusado de abuso sexual em João Pessoa

Na Paraíba, dois promotores de Justiça se declararam suspeitos para emitir parecer sobre o pedido de prisão preventiva do médico Fernando Paredes Cunha Lima, suspeito de abuso sexual contra crianças. O primeiro a se afastar do caso foi Arlan Costa, seguido por Alexandre Nóbrega, ambos alegando motivos pessoais. O pedido de prisão, que permanece em segredo de Justiça, foi apresentado pela Polícia Civil na semana passada.

Fernando Cunha Lima é acusado de abusar de uma menina de nove anos dentro de seu consultório em João Pessoa, no dia 25 de julho. A mãe da criança, após presenciar o ato, registrou um Boletim de Ocorrência. Em decorrência dessa denúncia, Gabriela Cunha Lima, sobrinha do médico, veio a público relatar abusos que ela também sofreu.

Gabriela relembrou um incidente em que o tio a acordou sob pretexto de saudades dos pais e posteriormente a chamou ao seu quarto. “Ele abaixou a calça e pediu para eu colocar as mãos nos órgãos dele, ficar fazendo movimento. Ele pediu para eu baixar a minha calça, tocou nas minhas partes e pediu segredo”, contou ela.

Até agora, cinco acusações foram formalizadas contra Fernando Cunha Lima, e a expectativa é que mais vítimas apresentem depoimentos ao longo desta semana. A investigação está sendo conduzida pela Polícia Civil, que aguarda a definição judicial sobre a prisão do médico.

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