Servidores do INSS na Paraíba mantêm greve mesmo com corte de ponto decretado pelo governo Lula

Mesmo com a decisão judicial do governo federal de cortar o ponto dos grevistas, os servidores do Instituto Nacional de Seguro Social seguem em greve na Paraíba, impactando serviços essenciais

Da Redação

Os servidores do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) na Paraíba continuam em greve, mesmo após a decisão judicial de corte de ponto imposta pelo governo federal. Das 38 agências físicas do estado, 17 estão operando parcialmente e duas estão completamente paralisadas. A greve, iniciada em 16 de julho, conta com a adesão de aproximadamente 40% dos 331 servidores da Paraíba, após três rodadas de negociações sem acordo.

As principais reivindicações dos servidores incluem mudanças estruturais no INSS, valorização e reestruturação da carreira, melhorias nas condições de trabalho, incorporação da Gratificação de Desempenho de Atividade do Seguro Social (GDASS) ao vencimento básico (VB) e recomposição das perdas salariais. A proposta apresentada pelo governo, por meio do Ministério da Gestão e Inovação (MGI), foi rejeitada pela categoria.

Diversas ações de mobilização têm sido realizadas para conscientizar beneficiários e a população sobre os motivos da paralisação. Na última quinta-feira (26), um ato foi realizado na Agência da Previdência Social (APS) na Avenida Pedro I, no Centro de João Pessoa, onde o comando de greve dialogou com segurados. Outro ato ocorreu na APS Sul, nos Bancários, e em Campina Grande, na APS Tiradentes. Na próxima semana, estão previstas visitas às APS de Bayeux e Santa Rita.

O INSS conta com 18.574 servidores ativos em todo o país, com cerca de 40% trabalhando em regime de teletrabalho. Na Paraíba, são 331 servidores distribuídos em 37 agências físicas e duas digitais.

O aumento na adesão à greve levou o governo federal a buscar intervenção judicial, resultando em uma rápida decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que determinou a suspensão do movimento grevista. A decisão prevê uma multa diária de R$ 500 mil às entidades sindicais em caso de descumprimento. Os sindicatos estaduais, federações e confederações da categoria estão estudando medidas jurídicas cabíveis contra a decisão.

“A orientação é que os servidores se mantenham tranquilos e sigam os indicativos do Sindicato e do comando de greve. A paralisação continua firme, forte e crescente”, afirmou Sérgio Fonseca, diretor do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Previdência e Trabalho do Estado da Paraíba (SindsprevPB) e integrante do comando estadual de greve.

Com a greve, vários serviços essenciais estão sendo impactados, como concessão de aposentadorias, pensões, auxílio-reclusão e avaliação social do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

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