Amazônia registra maior número de queimadas dos últimos 20 anos

Pantanal e Cerrado também sofrem com incêndios; dados do Inpe revelam aumento expressivo em 2024

Brasília, 9 de julho de 2024 – Não foram apenas o Pantanal e o Cerrado que registraram números expressivos e históricos de queimadas no primeiro semestre de 2024. O maior bioma brasileiro, a Amazônia, também atingiu um patamar elevado nesse quesito. Dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), indicam que a Amazônia teve 13.489 focos de incêndio entre janeiro e junho deste ano.

Este número representa um aumento de 61,7% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 8.344 focos. É o pior resultado em 20 anos e o terceiro maior da série histórica iniciada pelo Inpe em 1998, sendo superado apenas por 2003, com 17.143 focos, e 2004, com 17.340.

Nos outros quatro anos desde 1998 em que foram registrados mais de 10 mil focos de incêndio na Amazônia no primeiro semestre, três ocorreram sob governos do PT: 2005 (11.652 focos), 2007 (10.565) e 2016 (11.873).

Pantanal com recorde e Cerrado com resultado histórico

Além da Amazônia, o Pantanal registrou um recorde histórico de focos de incêndio. Entre 1º de janeiro e 30 de junho de 2024, foram detectados 3.538 pontos de queimadas, um aumento de 2.018% em comparação com os 167 focos registrados no ano passado.

No Cerrado, foram registrados 14.583 focos de incêndio entre 1º de janeiro e esta segunda-feira (8), o maior número entre todos os biomas brasileiros durante esse período. Este resultado é o pior desde 2010, quando foram detectados 15.118 focos.

Os dados do Inpe refletem a gravidade da situação dos biomas brasileiros, evidenciando a necessidade urgente de medidas eficazes de prevenção e combate às queimadas para proteger esses ecossistemas fundamentais.

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