Braiscompany e seus proprietários, junto a um doleiro e outros envolvidos, são alvo de denúncia do MPF por operações suspeitas de lavagem de dinheiro e esquemas fraudulentos
Da Redação
O Ministério Público Federal (MPF) apresentou uma nova denúncia contra a empresa Braiscompany, acusada de cometer crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais. O casal-proprietário da empresa, Antônio Neto e Fabrícia Farias, o doleiro Joel Ferreira de Souza, e outros quatro indivíduos estão implicados no caso.
Conforme a denúncia, o casal proprietário e o doleiro foram os principais articuladores de transações financeiras que configuram lavagem de dinheiro. Durante o período de declínio da empresa, foram identificadas movimentações suspeitas, incluindo a alienação de imóveis e bens em grandes quantias.
Joel Ferreira, apontado como o doleiro responsável pelo esquema, teria colaborado com a Braiscompany desde antes de sua fundação em 2018. Ele é acusado de gerenciar um sistema complexo de lavagem de capitais utilizando criptoativos, empresas fantasma e contas offshore, auxiliado por seu filho Victor Augusto Veronez e outros associados.
As investigações do MPF rastrearam cerca de R$ 2,6 bilhões movimentados através das empresas de Joel. Uma transação notável incluiu R$ 5 milhões provenientes da venda de uma aeronave pertencente ao casal proprietário da Braiscompany.
Além dos citados, Mizael Moreira Silva, Clélio Cabral do Ó e Gesana Rayane Silva também foram denunciados. Estes enfrentam acusações em múltiplas ações penais relacionadas a este caso.
Antônio Neto atualmente está preso preventivamente na Argentina, enquanto Fabrícia Farias encontra-se em liberdade provisória no mesmo país. Ambos já foram condenados em primeira instância a 149 anos de prisão em conjunto com outros réus, mas recorreram da decisão.
As defesas de Gesana Silva e Mizael Moreira Silva contestam as acusações. A defesa de Gesana expressou surpresa e indignação, alegando que os crimes imputados a ela já foram abordados em denúncias anteriores e que as provas utilizadas são ilegais. Mizael, por sua parte, é descrito por sua defesa como uma vítima dos golpes perpetrados pelo casal proprietário da Braiscompany, tendo investido toda sua fortuna na empresa e convencido seus pais a fazerem o mesmo.
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