Ministro do STF arquiva investigação sobre suposta busca de asilo diplomático por Bolsonaro

Após investigação, não há evidências claras de que o ex-presidente supostamente buscava fugir do Brasil ao se hospedar na embaixada da Hungria

Da Redação

Na tarde desta quarta-feira (24), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, afirmou que não existem elementos concretos que indiquem que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ao se hospedar na embaixada da Hungria, estava buscando asilo diplomático para posteriormente fugir do Brasil.

A investigação tinha como objetivo apurar se Bolsonaro descumpriu medidas cautelares, incluindo a proibição de deixar o país.

Em sua decisão, Alexandre de Moraes concluiu que não há indícios claros de que o investigado pretendia obter asilo diplomático para evadir-se do país e prejudicar a investigação criminal em andamento. No entanto, o ministro do STF optou por manter as medidas cautelares impostas a Bolsonaro.

A estadia de Bolsonaro na embaixada da Hungria, entre os dias 12 e 14 de fevereiro, levantou suspeitas de que ele estivesse tentando se proteger de investigações policiais. No entanto, Moraes afirmou que não há elementos concretos que comprovem essa intenção.

O ministro do STF também esclareceu que a ida de Bolsonaro à embaixada da Hungria não violou a ordem de não deixar o Brasil, pois as missões diplomáticas não são consideradas extensão do território estrangeiro.

Ao ser questionado sobre sua estadia na embaixada, Bolsonaro explicou que mantém uma relação de amizade com a Hungria e seu embaixador, e que visitou a embaixada para discutir questões geopolíticas.

A decisão de Alexandre de Moraes vem após a divulgação de vídeos mostrando Bolsonaro chegando à embaixada da Hungria, logo após ser alvo de uma operação da Polícia Federal relacionada a uma suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil.

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