Morre Ziraldo, ícone da literatura e do humor, aos 91 anos

O criador de “O Menino Maluquinho” deixa um legado de alegria e resistência cultural

Por Clauber Beserra

Ziraldo, o renomado desenhista, escritor e um dos nomes mais influentes da cultura brasileira, morreu aos 91 anos. Sua morte ocorreu pacificamente enquanto dormia em sua residência no bairro da Lagoa, Zona Sul do Rio de Janeiro, neste sábado (6), conforme confirmado por sua família.

Conhecido por sua obra seminal “O Menino Maluquinho”, e pela inesquecível “Turma do Pererê”, Ziraldo também fez história como chargista, caricaturista e jornalista. Nos anos 1960, co-fundou “O Pasquim”, jornal que desempenhou um papel crucial na oposição à ditadura militar no Brasil.

Nascido em Caratinga, Minas Gerais, em 24 de outubro de 1932, Ziraldo Alves Pinto foi o primogênito entre sete irmãos. Seu nome único é uma fusão dos nomes de seus pais, Zizinha e Geraldo. Desde cedo, Ziraldo demonstrou paixão pela leitura e pelo desenho, tendo sua primeira obra publicada aos seis anos de idade. Ele deu início à sua carreira profissional nos anos 1950 e contribuiu com diversas publicações, marcando o cenário cultural brasileiro com sua criatividade e humor.

Graduado em Direito pela Faculdade de Direito de Minas Gerais em 1957, Ziraldo não se limitou à sua formação acadêmica, aventurando-se no vasto mundo das artes e da literatura. Casado com Vilma Gontijo em 1958, o casal teve três filhos, Daniela, Fabrizia e Antônio, compartilhando uma vida repleta de realizações pessoais e profissionais.

O Brasil perde um de seus mais queridos artistas, cuja obra transcendeu gerações, mas o espírito e as criações de Ziraldo permanecerão eternos no coração de seus admiradores.

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