Foram registradas três mortes confirmadas para dengue em Camalaú, Conde e Campina Grande, e dois para chikungunya em Sapé e João Pessoa, com quatro casos em investigação
Da Redação
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou nesta sexta-feira (5) o Boletim das Arboviroses, apresentando um levantamento detalhado dos casos causados pelo mosquito Aedes Aegypti na Paraíba até a 13ª semana epidemiológica, abrangendo o período de 24 a 30 de março. Os dados alarmantes revelam que os casos prováveis de arboviroses atingiram a marca de 7.201, com 6.374 registros para dengue, 741 para chikungunya e 86 para zika. O órgão faz um alerta à população para que busque uma unidade de saúde ao sentir os primeiros sintomas dessas doenças transmitidas pelo mosquito.
De acordo com a técnica das arboviroses da SES, Carla Jaciara, houve um aumento significativo em termos de porcentagem nos casos de dengue (207%), chikungunya (83%) e zika (132%), comparado ao mesmo período do ano anterior. Ela destaca as ações em curso pela Secretaria de Saúde para fortalecer o combate a essas doenças.
“São desenvolvidas ações específicas para o controle da dengue, chikungunya e zika, incluindo capacitações do manejo clínico, instalação de armadilhas ovitrampas e reuniões técnicas nos municípios. Além disso, há uma reestruturação da sala de situação para informes diários sobre o cenário das arboviroses”, explicou Carla Jaciara.
Quanto aos óbitos, a Paraíba registra três confirmados para dengue em Camalaú, Conde e Campina Grande, e dois para chikungunya em Sapé e João Pessoa, com quatro casos em investigação. Jaciara ressalta a importância da notificação correta pelos municípios e destaca os esforços da Saúde na capacitação dos profissionais da atenção básica para o manejo adequado dos casos suspeitos.
Diante do cenário climático favorável à proliferação do mosquito, a SES recomenda que os municípios intensifiquem as ações integradas com diversos setores, como infraestrutura, limpeza urbana e educação, sensibilizando a população sobre a importância do autocuidado na eliminação dos criadouros do Aedes aegypti.
O Boletim também apresenta os dados do 1º Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa), mostrando que 166 municípios estão em situação de alerta ou risco, enquanto 57 apresentam situação satisfatória.
A Secretaria de Saúde reforça que a prevenção é fundamental e destaca a importância de a população manter a vigilância constante em seus domicílios, eliminando possíveis criadouros do mosquito. Medidas simples, como eliminar recipientes que acumulem água e receber a visita de técnicos de saúde para inspeções regulares, podem contribuir significativamente para conter a propagação das arboviroses.
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