Buega já chegou a ser preso em 2019 durante a Operação Fantoche que investigou fraudes no Ministério do Turismo e Sistema S
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT 13ª Região) decidiu nesta tarde afastar Francisco Benevides Buega Gadelha da presidência da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep). A decisão, por 5 votos contra dois, mantém uma sentença proferida pela juíza do trabalho Karolyne Cabral Maroja Limeira, da 2ª Vara do Trabalho em Campina Grande, datada de outubro de 2023. Naquela ocasião, a magistrada já havia ordenado o afastamento, mas a defesa de Buega conseguiu uma liminar para mantê-lo no cargo.
Com o resultado da votação, o TRT derrubou a liminar e restabeleceu os efeitos da sentença, que estabelece um prazo de 5 dias para a mudança de comando na instituição. Determina-se que o cargo seja ocupado pelo vice-presidente mais antigo, atendendo a um pedido feito por sindicatos que fazem parte da entidade.
A ação que resultou no afastamento de Buega alega que o presidente teria usado de forma ilícita seu cargo por quase três décadas, beneficiando a si mesmo e a terceiros. Ele é apontado em “escândalos envolvendo desvios de verba e de função”, como nas Operações Cifrão e Fantoche, além de ser acusado de envolvimento com compra de passagens aéreas para familiares, contratação de empresas ligadas a amigos e funcionários, desrespeito a regras em procedimentos licitatórios, e conivência com dirigentes e funcionários em casos de assédio e desvio de recursos.
Outro argumento levantado é que Buega não mais exerceria a condição de industrial, requisito indispensável para o cargo que ocupava.
Em 2019, Buega chegou a ser preso pela Polícia Federal. Um mandado de prisão temporária contra ele foi cumprido pela PF em Campina Grande durante uma operação que investigou um esquema de corrupção envolvendo um grupo de empresas sob o controle de uma mesma família que vinha executando contratos por meio de convênios com o Ministério do Turismo e entidades do Sistema S.
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