Tovar traça alianças e rompimentos visando alavancar sua carreira política pessoal, se aproxima de João e sonha com a cadeira de Romero em Brasília
O deputado estadual Tovar Correa Lima (PSDB) vem articulando uma estratégia política ambiciosa e arriscada, com o objetivo de impulsionar sua própria carreira política em Campina Grande. E, para isso, não vê problema em descartar aliados ou trocar de partido ou de grupo político. Sua lealdade, por enquanto, recai sobre o deputado federal Romero Rodrigues (Podemos), vislumbrando um cenário em que Romero reassuma a Prefeitura de Campina Grande em 2024, enquanto Tovar almeja uma cadeira na Câmara Federal em 2026, com o apoio tanto de Romero quanto do governador João Azevêdo (PSB). Para ajuda-lo em sua empreitada, alguns cargos no governo estadual são sempre bem vindos.
Para alcançar esses objetivos, Tovar está adotando uma postura de rompimento com o prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil), a quem tem criticado publicamente, classificando-o como “lento” e sugerindo que ele “perdeu a conexão com a cidade”. Essas críticas fazem parte de uma estratégia eleitoral para desgastar a imagem de Bruno e abrir caminho para a ascensão política de Tovar. Além de ajudar a “enterrar” os Cunha Lima da política.
A estratégia delineada por Tovar também beneficia outros atores políticos, como Romero e João Azevêdo, que poderiam consolidar suas posições e objetivos políticos futuros. No entanto, essa movimentação política implica em uma traição aos aliados mais próximos de Bruno Cunha Lima, que estão sendo descartados em prol dos interesses políticos pessoais.
O desfecho dessa trama política ainda é incerto, pois, como diz o ditado, na política a traição pode ser perdoada, mas o traidor geralmente é lembrado.
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