Preço da democracia: presidente do PT, Gleisi Hoffmann defende R$ 5 bi para o Fundo Eleitoral em 2024

Em entrevista à GloboNews, Gleisi Hoffmann argumenta a favor dos R$ 4,9 bilhões destinados ao fundo eleitoral, destacando a importância do financiamento para a democracia

A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, em entrevista concedida à GloboNews nesta sexta-feira (22), defendeu o valor de R$ 4,9 bilhões alocado para o fundo eleitoral das eleições municipais de 2024. O montante, que é o mesmo utilizado nas eleições presidenciais de 2022, representa mais do que o dobro do valor destinado para o pleito municipal de 2020, que foi de R$ 2 bilhões.

Hoffmann argumentou que o valor do fundo eleitoral é justo e necessário, principalmente para financiar novas candidaturas. Ela enfatizou que, dentro do PT, os recursos são distribuídos de maneira equitativa para cobrir as despesas de campanha. “A bem da democracia, nós precisamos ter financiamento para gente nova poder entrar”, afirmou a presidente do PT.

A líder petista também destacou a relação de custo entre o fundo eleitoral e o orçamento da Justiça Eleitoral, que é responsável por fiscalizar o processo eleitoral. Ela questionou as críticas ao fundo eleitoral, alegando que se a Justiça Eleitoral custa o dobro do fundo, não seria razoável questionar o montante destinado às eleições, que são a atividade-fim do processo democrático. “A democracia tem custo, tem preço, não pode ser privatizada”, defendeu Hoffmann.

Gleisi Hoffmann justificou ainda a necessidade do fundo eleitoral elevado para as eleições de 2024, citando o aumento no número de candidatos e a maior capilaridade dessas eleições em comparação com pleitos anteriores.

A defesa do fundo eleitoral por Gleisi Hoffmann reacende o debate sobre o financiamento de campanhas eleitorais no Brasil, um tema que tem sido objeto de discussão intensa no cenário político. A posição da presidente do PT reflete uma visão de que o financiamento público de campanhas é essencial para manter a equidade e a integridade do processo eleitoral, embora essa perspectiva encontre oposição em outros setores da sociedade e da classe política.