Força-tarefa controla incêndio no entorno do Parque Estadual da Serra da Santa Catarina

Colaboração de equipes governamentais e monitoramento via satélite garantem sucesso na operação

Da Redação

Nazarezinho, 09 de outubro de 2023 – Após 15 dias de árduo trabalho, uma força-tarefa composta pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Semas), Corpo de Bombeiros, Batalhão Ambiental, Grupo Tático Aéreo da Polícia Militar e brigadistas do PrevFogo/Ibama anuncia o fim do incêndio na área circundante ao Parque Estadual da Serra da Santa Catarina. A conclusão do combate ao fogo baseia-se em evidências técnicas fornecidas pela equipe de campo e pelo monitoramento remoto. A força-tarefa faz um apelo à população para evitar novos incidentes durante este período de estiagem, não apenas nessa região, mas em todo o estado.

Durante o último final de semana, a força-tarefa conduziu investigações em toda a área afetada pelo incêndio, constatando a inexistência de focos de fogo ou fumaça. O fogo estava concentrado na zona de amortecimento, no entorno do Parque Estadual da Serra da Santa Catarina. Os esforços conjuntos da operação garantiram que o incêndio não se alastrasse para dentro dos limites territoriais do parque.

A secretária de Estado do Meio Ambiente e Sustentabilidade, Rafaela Camaraense, destacou a importância da colaboração da força-tarefa para o sucesso da operação. Ela também enfatizou a contribuição essencial da população para evitar futuros incidentes durante a estiagem.

O comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Marcelo Araújo, explicou que o incêndio foi controlado na sexta-feira (6) e que a equipe permaneceu no local durante o final de semana para confirmar a extinção. Ele ressaltou a dificuldade de acesso à área afetada e a vulnerabilidade a incêndios devido ao período seco e à baixa umidade.

O gerente executivo de Mudança e Adaptações Climáticas, Jancerlan Gomes, destacou a importância do monitoramento via satélite na coordenação da operação e informou que não foram detectados novos alertas, o que indica que o trabalho de campo foi eficaz.

As autoridades também informaram que não houve registros de pessoas ou animais de rebanho e silvestres feridos ou mortos durante o incêndio. A equipe técnica observou macacos e cobras na área próxima ao incêndio, demonstrando que os impactos causados pelo fogo não afetaram significativamente a fauna local.

O incêndio foi inicialmente denunciado à Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) em 25 de setembro. Em dois dias, o número de focos de fogo aumentou de dois para 10, levando à criação de uma sala de situação para monitoramento. Uma força-tarefa foi mobilizada, incluindo equipes da Semas, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e brigadistas do PrevFogo/Ibama.

O monitoramento via satélite registrou até 32 focos de fogo durante o incêndio, com um rápido aumento devido às condições climáticas da estação. A área afetada abrangeu aproximadamente 270 hectares, incluindo total ou parcialmente 21 propriedades rurais em São José de Piranhas e Nazarezinho. A maior parte da área afetada corresponde ao terço superior da Serra do Boqueirão, uma extensão da Serra da Santa Catarina.