Contradições e complexidade marcam investigação do desaparecimento de Ana Sophia

Delegado destaca divergências familiares e desencontro de informações na busca por respostas

A investigação do caso Ana Sophia, a menina de oito anos que desapareceu em Roma, distrito de Bananeiras, tem sido marcada por contradições e complexidade, revela o delegado Diógenes Fernandes, da seccional de Bananeiras.

As divergências entre os relatos da família têm contribuído para o aumento da complexidade da linha investigativa. Um dos pontos que gera conflito de informações é a descrição da roupa usada pela criança no momento do desaparecimento.

“Existem divergências quanto à vestimenta. A família afirma que, próximo à residência, a criança estava brincando com um short e uma blusa, e não com o vestido que não foi encontrado em casa. É mais uma situação que complica a investigação”, revela o delegado.

Fernandes ressalta também as contradições que podem ser reveladas pelas evidências das câmeras de segurança. Segundo ele, a situação familiar contribui para a complexidade do caso. A família relata que a última aparição de Ana Sophia ocorreu quase 30 minutos após o registro da câmera, no qual ela estava vestindo um vestido. No entanto, a família afirma que, nesse momento, ela já estava usando um short e uma blusa.

“É uma complexidade adicional na investigação, devido à situação familiar. As câmeras não mentem, possuem data e horário precisos. De acordo com a versão da família, Ana Sophia teria trocado de roupa, mesmo sem o vestido ser encontrado na residência”, destaca o delegado.

Enquanto isso, testemunhas continuam sendo ouvidas, e a possibilidade de o corpo de Ana Sophia ter sido enterrado não é descartada pela Polícia Civil. Além disso, as forças de segurança investigam a hipótese de que a criança possa ter sido levada para fora da cidade.

As buscas realizadas pelo Corpo de Bombeiros no açude próximo à casa da criança foram encerradas na segunda-feira (10).