Comitê organizador da maior conferência de tecnologia do planeta visita Biotic e estruturas possíveis de realização do evento em 2023
Uma Brasília vista de cima com suas singularidades apresentadas em solo. Foi assim o sábado (20) de visitas da comitiva da Web Summit que chegou para avaliar a cidade, candidata à sede, em 2023, do maior evento de tecnologia e inovação do mundo.
Acompanhados de secretários e autoridades do Governo do Distrito Federal (GDF), o gerente nacional da Web Summit, Artur Alves Pereira, o CEO Patrick “Paddy” Cosgrave, e o chefe de eventos, Craig Becker, conheceram o Centro de Convenções Ulysses Guimarães, o pavilhão do Parque da Cidade e o Centro a Internacional de Convenções do Brasil (CICB). A infraestrutura desses espaços foi avaliada para receber a conferência que, só em 2021, movimentou cerca de € 300 milhões (aproximadamente R$ 1,9 bilhão) na sua última edição, este mês, em Lisboa, Portugal, com mais de 50 mil visitantes.
“Somos uma empresa global. Visitamos locais como estes em várias partes do mundo, com variados níveis de infraestrutura. Vimos aqui um grande potencial de crescimento, com certeza”, afirmou Craig Becker.
A Web Summit é um evento de tecnologia que já foi sediado em Toronto, no Canadá; em Hong Kong, na China; e na capital portuguesa. Brasília disputa com o Rio de Janeiro e Porto Alegre a sediação da versão na América Latina.
Antes disso, os executivos visitaram o Parque Tecnológico de Brasília (Biotic), na Granja do Torto, distrito de inovação que o governo começa a tirar do papel para construção de uma cidade tecnológica com mais de 800 empresas do ramo. Cerca de R$ 6 bilhões devem ser investidos na região por meio de um fundo imobiliário administrado pelo Banco de Brasília (BRB). Lá, o grupo participou de um evento com empreendedores de startups, que apresentaram seus modelos de negócios em execução.
“As pessoas são incríveis, Brasília é bem planejada e dá pra ver que a inovação está no cerne da cidade. Fiquei, inclusive, impressionado com o número de pessoas que já haviam visitado a Web Summit em alguma das edições”, declarou o CEO Paddy Cosgrave.
Ecossistema tecnológico
Camila Gomes tem 25 anos e é o que se chama de “startupeira” há cinco. Redatora de patentes e à frente de uma startup de bioeconomia, a empresária acredita que a proximidade de Brasília com o bioma do cerrado facilita o acesso e o conhecimento, inclusive para melhor exploração e preservação. “Traz o olhar dos investidores para o nosso ecossistema de empresas de tecnologia e inovação. Uma grande oportunidade.”
De acordo com o presidente do Biotic, Gustavo Dias Henrique, a Web Summit mudou a matriz econômica de Lisboa, em Portugal – e fará o mesmo com o Distrito Federal. “Vai trazer o holofote do setor de inovação para Brasília, e o ecossistema local, com nossas empresas e startups, vão participar dessa evolução”, acredita.
Voo de helicóptero
Guiados pelo comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Márcio Cavalcante de Vasconcelos, Craig Becker e Artur Alves fizeram um sobrevoo de helicóptero por Brasília. Do alto, conseguiram ver a estrutura da cidade, planejada para ser a capital do Brasil. “Fiquei impressionado com o espaço que tem a cidade para as pessoas circularem, as áreas verdes e a separação das estruturas por setores”, comentou Becker. “Brasília, de cima, é impressionante”, concluiu o gerente nacional da Web Summit, Arthur Alves.
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