Em meio às discussões mundiais acerca dos dados que empresas de tecnologia possuem dos usuários, especialista alerta que a privacidade do usuário é apenas um detalhe por trás da regulamentação
Em todo o mundo, governos têm realizado um verdadeiro cerco às big techs — ou gigantes em tecnologia. Muitos locais, inclusive, já começaram a colocar em prática políticas que regulamentam a coleta, uso e divulgação de dados por empresas como Facebook e Google. Mas, será que a privacidade do usuário é, de fato, o único ponto em jogo nessa disputa entre Estados e empresas?
No caso do Brasil, a especialista em tráfego e redes Bárbara Bruna, aponta que a Lei Geral de Proteção de Dados é baseada na europeia. Segundo ela, a questão em torno dessa regulamentação não é o que ela pretende, mas a forma como vem sendo feita: como um instrumento de barganha entre países e empresas.
“O problema dessas empresas, do ponto de vista governamental, é que elas têm a capacidade de alterar comportamento, opiniões e até mesmo mudar o rumo de eleições. Por isso, países viram a necessidade de limitar as informações que essas empresas coletam, usando a privacidade do usuário como argumento principal. O controle sobre o poder é uma questão”, comenta.
O ruim desse tipo de política é que o compartilhamento de informações se torna um vilão, como explica a especialista. “Quando você está andando na rua procurando um lugar para comer, é o compartilhamento de localização que permite que o Google facilite te dizendo onde estão os principais pontos de refeição. Quando você está em busca de uma lavadora, por exemplo, é o sistema de compartilhamento de informações que permite que as melhores promoções cheguem até você. Ao minar isso, você também acaba com toda a graça e facilidades trazidas pela tecnologia” , argumenta Bárbara Bruna.
Para ela, o grande problema das Leis de Proteção em vigência no Brasil e em países da Europa, é que apesar de dizerem que prezam pela privacidade do usuário, elas na verdade não dão o direito de escolha a ele. “Não é algo que se escolha com um sim e não, como é feito hoje, isso torna o processo arbitrário visto que ele não é binário. Ao escolher ou não compartilhar sua localização com uma rede social, por exemplo, o usuário precisa entender quais são os prejuízos e benefícios disso, para fazer uma escolha consciente”, diz.
SOBRE BÁRBARA BRUNA
Bárbara Bruna Dias de Morais é empresária e especialista em tráfego, natural de Belo Horizonte, Minas Gerais. Com formação em Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), onde se formou com honras acadêmicas, e Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é hoje uma das maiores referências femininas no Marketing Digital.
Criadora do treinamento Método Áureo e Diretora do Instituto Brasileiro de Tráfego Online, atua há 5 anos no Marketing Digital.
A formação na área da ciência, apesar de não ser sua principal atuação, diferencia o trabalho de Bárbara, visto que ela aplica o olhar científico da Biologia nas suas metodologias de trabalho com tráfego pago, baseadas em testes, validações de metodologias e processos bem delimitados.
Atualmente a especialista conta com mais de 30 mil visualizações nos stories do Instagram, onde mantém pouco mais de 100 mil seguidores, já investiu mais de 100 milhões de reais em campanhas, atendendo desde pequenos empreendedores a grandes empresas.
Com domínio de anúncios pagos para Facebook, Instagram, Google, YouTube e LinkedIn, ministra cursos e mentorias ao redor do mundo, tendo treinado mais de dez mil alunos, além de atuar em nove países. Além dos cursos próprios, Bárbara Bruna presta mentorias por meio do Sebrae, uma das maiores entidades nacionais de incentivo ao empreendedorismo. Também é palestrante do TedX, conferência mundial destinada à disseminação de ideias.
“Minha profissão é promover encontros oportunos entre quem procura alguma coisa e quem quer ser achado. Basicamente eu passo a maior parte do meu tempo desvendando os segredos do algoritmo das redes sociais, tentando entender como ele faz para conectar a mensagem certa pra pessoa certa”, diz a empresária.
Com domínio de anúncios pagos para Facebook, Instagram, Google, YouTube e LinkedIn, ministra cursos e mentorias ao redor do mundo, tendo treinado mais de dez mil alunos, além de atuar em nove países. Além dos cursos próprios, Bárbara Bruna presta mentorias por meio do Sebrae, uma das maiores entidades nacionais de incentivo ao empreendedorismo. Também é palestrante do TedX, conferência mundial destinada à disseminação de ideias.
“Minha profissão é promover encontros oportunos entre quem procura alguma coisa e quem quer ser achado. Basicamente eu passo a maior parte do meu tempo desvendando os segredos do algoritmo das redes sociais, tentando entender como ele faz para conectar a mensagem certa pra pessoa certa”, diz a empresária.
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