Neste domingo (2), foram aplicadas doses do imunizante em pessoas com mais de 60 anos
Aplausos, sorrisos, choro, fotografias e muito agradecimento. Neste domingo (2), essas foram algumas das cenas e gestos repetidos com frequência pela população e profissionais de saúde no ponto de vacinação drive-thru para covid-19, no Estacionamento 12 do Parque da Cidade.
Tudo isso ganhou reforço com a surpresa de quem foi se vacinar e observou a fila avançar rapidamente. É o caso da auxiliar de serviços gerais Maria das Graças Rodrigues da Silva, de 60 anos, que foi levada pelo filho Adriano Rodrigues para receber o imunizante.
Com o cartão de vacinação em mãos, ela elogiou a equipe de profissionais após passar menos de dez minutos na fila. “Foi muito bom, fui bem-atendida e andou rápido”, disse Maria, que tomou a primeira dose da AstraZeneca. “Me senti bem e feliz de ter recebido a vacina”. A data para a segunda dose, ela gravou bem: “Volto em 26 de julho, quando faço aniversário”.
Maria do Socorro: “É uma alegria total receber essa vacina, me sinto aliviada” | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília
Durante os 12 minutos em que ficou na fila aguardando a vez, a funcionária doméstica Maria do Socorro de Araújo Miranda, 61 anos, diz ter visto um filme passar na cabeça. Ao final do procedimento, ela se surpreendeu com a rapidez: “Tudo organizado, rápido. É uma alegria total receber essa vacina, me sinto aliviada”.
Organização
Durante todo o domingo, os cerca de 30 profissionais do Laboratório Sabin, parceiro do GDF na vacinação, aplicam a primeira e a segunda dose da vacina AstraZeneca na população com mais de 60 anos e também a segunda dose da CoronaVac. Esse processo é acompanhado de perto pela endodontista da Secretaria de Saúde (SES) Vânia Viterbo, que atua como coordenadora da vacinação no ponto instalado no Parque da Cidade.
“Aprendemos mais a lidar com as pessoas, com as dúvidas que elas têm. Hoje, elas vêm mais informadas”Vânia Viterbo, coordenadora da vacinação no Parque da Cidade
Para ela, a agilidade e organização que surpreenderam aos que foram receber o imunizante têm uma explicação: o trabalho integrado entre os profissionais de saúde e de suporte, como os servidores do Detran e os policiais militares. “Não sei se porque aqui foi o primeiro ponto de drive-thru e é o mais central, acaba sendo o mais procurado”, avaliou. “Isso faz com que a equipe fique mais unida para agilizar todo o processo”.
Vânia, que trabalha há 20 anos na rede pública de saúde e desde fevereiro de 2021 na vacinação drive-thru para coronavírus, aponta uma evolução no serviço em dois meses: “Aprendemos mais a lidar com as pessoas, com as dúvidas que elas têm. Hoje, elas vêm mais informadas. Antes elas traziam muitas dúvidas em relação à vacina; hoje, apresentam mais conhecimento e confiabilidade. Estamos na última fase dos idosos, e o DF está de parabéns e pronto para começar a vacinação das pessoas com comorbidades na semana que vem”.
Em toda a carreira, a gestora afirma nunca ter visto um esforço tão grande entre os colegas para vencer a doença. “Temos uma secretaria inteira, em duas frentes, trabalhando no cuidado com o paciente nos hospitais e na prevenção com a vacinação. Foi exigido isso do Sistema Único de Saúde [SUS] e da Secretaria de Saúde, e temos conseguido vencer. A vacina é a esperança para todos”.
As vacinas
Os dados mais recentes da vacinação no DF, de 30 de abril, apontam que 454.877 pessoas receberam a primeira dose do imunizante, enquanto 251.434 já tomaram as duas doses durante a campanha.
O DF tem aplicado doses da CoronaVac e da AstraZeneca. A CoronaVac é produzida pelo Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. A AstraZeneca, por sua vez, é desenvolvida pela universidade inglesa de Oxford em conjunto com a farmacêutica sueco-britânica AstraZeneca.
Até sábado (1º), o DF registrou 363.065 pessoas recuperadas e conta com 8.861 casos ativos. Os óbitos somam 7.826.
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