Hospital de Base realizou mais de 44 mil procedimentos de radioterapia em 2019

Serviço ultrapassou marca do que preconizava portaria do Ministério da Saúde

Desde que assumiu a gestão do Hospital de Base (HB), Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e das seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF) tem trabalhado de forma intensa para que a saúde dos brasilienses tenha atendimento eficaz e de qualidade.

Prova disso, são os aumentos nos números de atendimentos, cirurgias e procedimentos realizados ao longo de 2019. Entre os de maior destaque, estão os campos – número de procedimentos de radioterapia na área determinada para o tratamento – realizados pelo Núcleo de Radioterapia do HB, que ultrapassam a marca dos 43 mil preconizados por antiga portaria do Ministério da Saúde que analisava os dados por campo (SAS/MS 140/2014), chegando a 44.537.

Além disso, o número acima do exigido também pode ser encontrado quando levado em conta a nova portaria do Ministério da Saúde (SAES/MS 1399 – em vigor desde 17/12/2019) que regulamenta os atendimentos nos serviços de radioterapia. Da lista de 600 pacientes tratados que deve ser apresentada anualmente pela unidade de saúde, no HB o número chegou a 633 de janeiro a dezembro.

De acordo com o chefe do Núcleo, Eronides Batalha Filho, o aumento dos números está diretamente ligado a assinatura do Contrato de Gestão entre IGESDF e Secretaria de Saúde, que ocorreu em maio de 2019 e trouxe um impacto positivo na produtividade e na qualidade nos tratamentos dos pacientes do HB.

“A adequação do Núcleo de Radioterapia junto aos órgãos regulatórios (ANVISA e CNEN) e resolução de suas diligências associado à implementação de tecnologias e novas rotinas visando às boas práticas em radioterapia trouxe uma melhora expressiva no serviço que o HB vinha prestando. Equipamentos e profissionais, antes não disponíveis no serviço de Radioterapia foram repostos. Além disso, equipamentos em obsolescência, como é o caso do equipamento de Cobalto-60, que comprometiam a produtividade do departamento, foram retirados”, explica o chefe do núcleo.

Segundo a física médica, Isabela Gondin, o Núcleo de Radioterapia do Hospital de Base tem trabalhado com equipamentos que auxiliam substancialmente na escolha do tratamento mais adequado para cada um dos pacientes. Outra conquista sob a administração do IGESDF.

“Com o Sistema de Planejamento em 3D e o Sistema de Gerenciamento, temos a possibilidade de maior controle da radiação sobre o corpo, assim, poupamos as áreas sadias adjacentes aos tumores, fazendo com que o tratamento seja menos agressivo para o restante dos órgãos e tecidos”, avalia.

A paciente Maria Zoraia Borges Soares Costa, de 56 anos, tem vivido na pele os momentos apreensivos do tratamento para um câncer de mama. Porém, destaca que a prestação do serviço no Hospital de Base, desde que descobriu a doença em março do ano passado, tem lhe deixado tranquila e confiante de que logo estará curada.

“Fiz hoje a terceira, das 15 sessões de Radioterapia que preciso fazer, e toda a equipe do setor, assim como do HB, em geral, tem prestado um atendimento excepcional. Especialmente o doutor Eronides, pois, além de ter abraçado a profissão e estar sempre comprometido com a assistência clínica, trata a todos de maneira humanizada e entende de forma personalizada cada um dos pacientes que chega aqui”, afirma Maria Zoraia.

Para o vice-presidente do IGESDF, Sérgio Costa, o instituto está comprometido com a melhora da saúde pública no Distrito Federal e tem tomado todas as medidas para que o descaso de administrações passadas seja solucionado da forma mais rápida possível a fim de que a população possa contar, cada vez mais, com serviços de excelência.

“Nesse primeiro ano em que estamos à frente do IGESDF, só na Radioterapia, fizemos o triplo de procedimentos com um aparelho a menos. Isso corrobora com o que temos afirmado durante nossa gestão: os números falam por si e demonstram que o esforço de toda nossa equipe tem surtido efeitos. Por isso, temos a convicção de que estamos conseguindo colocar a casa em ordem de forma integral beneficiando todo o Distrito Federal”, destaca Sérgio.

Mais investimentos

A luta do IGESDF contra o câncer e por entrega de serviços cada vez melhores não para. Em 2019, foram iniciadas as obras que permitirão desencaixotar e colocar em funcionamento o PET/CT, equipamento que faz exame de imagem em alta definição e está parado há seis anos no corredor do ambulatório do Hospital de Base (HB). O aparelho custou US$ 1 milhão e é um dos mais sofisticados para diagnosticar e auxiliar no melhor tratamento de pacientes com câncer.

Fora isso, a reestruturação e ampliação dos serviços de radioterapia e oncologia estão entre as 15 metas estruturantes nas quais trabalha o instituto de gestão com a intenção de melhorar ainda mais o serviço prestado pelos núcleos.

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