Tabagismo afeta diretamente a saúde cardiovascular

No Dia Mundial Sem Tabaco, especialistas alertam para os perigos que utilizar a substância pode trazer ao coração

Hoje em dia já é sabido o quanto fumar faz mal à saúde. O tabagismo pode causar câncer e fazer um verdadeiro estrago nos pulmões, além de prejudicar pele e dentes. Para conscientizar a população, foi criado em 1987, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Dia Mundial Sem Tabaco. A data é comemorada anualmente no dia 31 de maio.

Afinal, o que é tabaco? Muita gente confunde e acredita se tratar de um sinônimo para cigarro, mas não é essa a verdade. O tabaco é uma substância agrícola processada a partir de uma planta chamada cientificamente de nicotiana tabacum, que é utilizada como droga recreativa e está presente nos cigarros, mas também é encontrado em charutos, cachimbos e narguilés.

O tabaco, misturado a outras substâncias tóxicas encontradas em cigarros, também é um dos principais causadores de problemas cardiovasculares. De acordo com o cardiologista do Instituto do Coração de Taguatinga (ICTCor), Dr. José Sobral, isso de dá por conta da agressão causada nas paredes dos vasos sanguíneos, que os deixa vulneráveis e propensos ao acúmulo de gordura. “O tabaco inibe a produção de uma substância protetora chamada óxido nítrico, e acaba por deixar os vasos mais frágeis”, conta.

O fumo também interfere no processo de contração e relaxamento do coração, o que faz com que o sangue não circule como deveria, podendo causar arritmias, insuficiência coronariana e até mesmo AVC.

“Além de tudo isso, o hábito de fumar acelera o processo de oxidação do colesterol e faz com que se forma e placa de aterosclerose, que costuma ser o gatilho para um infarto do miocárdio”, explica o médico.

Pouco pode?
Ao contrário do que se pode pensar, no que diz respeito à saúde, fumar não é aceitável em nenhuma quantidade ou circunstância. Estudos publicados recentemente na revista BMJ apontam que fumar apenas um cigarro por dia traz até metade dos riscos que fumar 20 cigarros por dia.

Os danos são tão grandes que, segundo o cardiologista Bruno Jardim, também do ICTCor, ex-fumantes levam um bom tempo para ficar 100%. “Para se igualar aos riscos de uma pessoa que nunca fumou, dura cerca de 10 anos”, explica.

Falando em quem não fuma, também é importante pensar nessas pessoas, já que já que um fumante passivo corre os mesmos riscos do que quem faz uso da substância. Inalar a fumaça tóxica liberada pelo tabaco pode causar doenças pulmonares, irritações, sinusites, piora da saúde mental e até câncer”, explica Dr. Bruno. No caso das crianças, estar exposto a este tipo de situação pode inclusive afetar nos processos de relacionamento e aprendizagem.

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