Por Alana Gandra
Apesar da relativa estabilidade, alguns setores já sinalizam recuperação. O crescimento do óleo diesel B de 2017 para 2018 foi de 1,4%, o que indica movimento de recuperação da economia. Contribuíram para esse crescimento a expansão do licenciamento de veículos novos, em especial ônibus e caminhões, e o aumento da venda de máquinas agrícolas.
Por outro lado, a comercialização do etanol hidratado subiu 42,1%, passando de 13,642 bilhões de litros em 2017, para 19,385 bilhões de litros no ano seguinte, motivada, em grande parte, pelo ganho de competitividade frente à gasolina C nos estados maiores produtores de etanol. O querosene de aviação cresceu 7,6%, motivado pela expansão do setor de aviação.
Gasolina
O relatório da ANP revela também que a gasolina diminuiu o volume comercializado em 13,1% em relação a 2017, caindo de 44,150 bilhões de litros para 38,352 bilhões de litros, no ano passado. O mesmo percentual de queda foi observado no etanol anidro (misturado à gasolina). Já o etanol total, que é a soma de anidro e hidratado, aumentou 16,3%, passando de 25,563 bilhões de litros para 29,740 bilhões de litros.
As vendas de biodiesel cresceram 25,3% (de 4,302 bilhões de litros em 2017 para 5,391 bilhões de litros em 2018). O crescimento foi resultado do aumento da mistura obrigatória ao diesel em março de 2018 de 8% (B8) para 10% (B10), informou a ANP. Os dados revelam ainda que a comercialização de gás liquefeito de petróleo (GLP) caiu 1% (de 13,389 bilhões metros cúbicos para 13,257 bilhões metros cúbicos), em função do aumento dos preços médios ao longo do ano, embora o PIB industrial tenha crescido 3% de um ano para o outro.
O levantamento indica também recuo de 31,6% na comercialização de óleo combustível (de 3,385 bilhões de litros para 2,316 bilhões de litros). O gás natural veicular (GNV) mostrou expansão de 12,3% no volume comercializado, passando de 5,395 milhões de metros cúbicos por dia para 6,056 milhões de m³/dia.
De acordo com a ANP, as importações dos principais derivados de petróleo diminuíram 24,5% entre 2017 e 2018, devido à combinação da retração na demanda interna e do aumento da produção nacional desses produtos. No caso dos biocombustíveis, foi registrada queda de 84% das importações em razão do aumento da produção nacional.
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