Produção de flores em Jaboticatubas foi a primeira em todo o estado a receber título legítimo, com reconhecimento nacional
Minas Gerais está abraçando novos tipos de flores que, além de fazer bem aos olhos pela beleza, são bastante benéficas à biodiversidade local. São as chamadas flores orgânicas que, com a chancela o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), através do Certificado de Orgânicos, estão despontando no estado.
Valdeci Verdelho, por exemplo, conhece bem este selo do IMA. Sua produção, no sítio Flor de Corte, na área rural de Jaboticatubas, no Território Metropolitano, foi a primeira a ser contemplada, no Brasil, com o título legítimo.
O produtor planta bastão-do-imperador nas cores rosa, branco e vermelho; gengibre ornamental e helicônias, principalmente a wagneriana turbo, bihay, shee e nappi green. Sem adubos químicos nem agrotóxicos, a nutrição das plantas é feita por meio de adubação verde, com postagem e outros ingredientes naturais permitidos pela legislação de orgânicos no Brasil. No controle de pragas e doenças, o manejo é feito utilizando técnicas de prevenção e produtos permitidos no cultivo orgânico.
“Além das vantagens ambientais, a produção orgânica tem muita aceitação no exterior. Visando esse mercado externo também, começamos nesta produção que, hoje, já deslancha. Sem dúvidas, o certificado do IMA foi um dos fatores importantes para abrir as portas para nossas flores”, conta Valdeci, que não deixa de incluir a ajuda da Epamig no sucesso da empreitada. “Foram os técnicos do órgão que me instruíram sobre meus primeiros plantios, indicando as flores tropicais, para iniciar. Não fosse esse pontapé, não estaria onde estamos”, acrescenta.
O mercado de produção e distribuição de flores em Minas Gerais tem apontado para um crescimento. Em 2014, eram cerca de 550 produtores. Atualmente, já são mais de 750.
De um prazer para um grande negócio
O mesmo caminho segue a produtora e distribuidora Minas Flores, presente no segmento há quase vinte anos. A produção de flores começou com a mãe, Lourdes Araújo, quando decidiu ocupar-se na aposentadoria com algo que lhe dava prazer. Daí surgiu um negócio lucrativo que perpassou gerações.
Hoje, quem cuida da produção, distribuição e comercialização das flores é Wagner Araújo, seu irmão. A esposa de Wagner, Célia Araújo, também colabora bastante com a empresa. Para a sequência da produção, Wagner conta que a Epamig deu assistências locais para orientações relativas às novas tendências.
“Estamos no caminho da produção inteiramente orgânica, absorvemos as dicas dos técnicos e logo chegamos lá, é nosso intuito”, revela. “Mas foram os cursos da Emater-MG, realizados na propriedade, como os de manuseio e manutenção de máquinas agrícolas, de pulverização, de irrigação, de iluminação, de consumo adequado, especialmente da água, que trouxeram para nós o status das condições adequadas de trabalho, aliado à melhoria da produção”, lembra Wagner.
Certificação Orgânica – IMA
O sistema de produção orgânica é aquele em que as sustentabilidades econômica, ecológica e social são respeitadas. Isso significa dizer que o agricultor utiliza práticas que conservam e preservam o solo, a água e a biodiversidade local. Na produção orgânica não são utilizados agrotóxicos, adubos químicos e sementes transgênicas. Além disso, são observadas as leis trabalhistas e adotadas apenas técnicas permitidas por lei.
A certificação é uma das formas de garantir a qualidade orgânica de um produto.
Saiba mais sobre a certificação do IMA para produtos orgânicos – www.ima.mg.gov.br/certificacao/organicos
Saiba mais sobre as consultorias da Epamig – www.epamig.br
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