Segundo Marun, o governo continua apostando no diálogo e aceita alterar alguns pontos do texto desde que as mudanças tragam mais votos ao projeto. O ministro calcula que o texto tem atualmente o apoio de 270 deputados.
“O governo entende que a reforma está enxuta e no ponto que pode ser aprovada. Mas somos o governo do diálogo e não nos fechamos a ouvir propostas de aprimoramento desde que venham acompanhadas de compromisso de apoio à reforma. Hoje existe absoluta confiança de que temos condição de reunir até o dia da votação esses votos, então nós estamos nos preparando para votar”, afirmou.
Marun disse estar confiante na aprovação da reforma. “Estou convencido, como estão convencidos os líderes, de que essa aprovação é muito possível”, declarou.
O vice-líder do governo na Câmara, deputado Beto Mansur (PRB-SP), também está otimista em relação à votação da reforma e afirmou que o governo não pretende ceder nas regras de aposentadoria dos servidores públicos, apesar dos apelos do funcionalismo.
“Havia alguns pedidos para que a gente eventualmente mexesse nisso, dando algum tipo de vantagem para o servidor, e nisso não foi mexido, porque o governo está trabalhando e mandando uma informação para a sociedade que quer acabar com privilégios”, afirmou.
Levantamento entre as bancadas
Durante a reunião, os líderes da base aliada ficaram encarregados de mapear suas bancadas e agendar novos encontros para esclarecimento de eventuais dúvidas sobre o texto. Por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição, são necessários 308 votos favoráveis, em dois turnos, antes de o texto ser enviado para votação no Senado.
Assim como Marun, o deputado defendeu a votação da proposta em fevereiro, independentemente de haver ou não garantia de votos. “Queremos votar em fevereiro. Nós temos uma proposta e essa proposta vai a voto. Quem tiver indeciso hoje, por favor leia o texto para que tire a indecisão. Ou vota a favor ou vota contra”, disse.
Apesar de não descartar a possibilidade de partes do texto serem alteradas com o objetivo de angariar mais apoio, Mansur disse que não tem “absolutamente nenhum cabimento” dar privilégios para determinados setores e prejudicar “eventualmente a sociedade como um todo”.
“Tem coisas que são impossíveis de serem aprovadas. Quem tem já direito adquirido será mantido. Quem eventualmente entrou no serviço público depois destas questões de paridade e igualdade de salário, vai estar fora desse processo de reforma da Previdência”, afirmou.
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