Vacina é contraindicada em situações de imunossupressão, incluindo a do tratamento oncológico com quimioterapia e radioterapia
Com o alto número de casos de febre amarela registrado na região Sudeste do Brasil, a recomendação da vacina contra a doença se ampliou para os moradores e frequentadores de São Paulo.
Como essa é uma vacina de vírus vivo atenuado, existem alguns riscos de reações e mal estar. Por isso, a vacina é contraindicada em situações de imunossupressão, incluindo a do tratamento oncológico com quimioterapia e radioterapia.
Vacinação contra a febre amarela em SP é antecipada para 25 de janeiro
Alguns tratamentos de câncer utilizam a hormonioterapia, como tamoxifeno, inibidores de gonadotrofinas, os quais não apresentam efeito no sistema imunológico e que, portanto, não são contraindicados para vacinação.
Veja abaixo as condições específicas de contraindicação de vacinação contra a febre amarela em pacientes oncológicos:
– Paciente em uso de corticoides sistêmicos (de 20 mg/dia ou mais de prednisona – ou outro corticoide com dose equivalente – por 2 semanas, e, dose menor que 20mg/dia de prednisona, por período maior que 2 semanas): durante o uso do medicamento e até, pelo menos, três meses após.
– Paciente em quimioterapia (por boca ou veia): durante a quimioterapia e até, pelo menos, três meses após o término das sessões (se associação com imunobiológicos, a contraindicação se estende para até seis meses).
– Paciente em radioterapia ou radioiodoterapia: durante e até, pelo menos, três meses após o término das sessões.
– Paciente em uso de imunobiológicos (como, por exemplo: Trastuzumabe, Cetuximabe, Bevacizumabe, Rituximabe, Imatinibe, Sorafinibe, Sunitinibe, Interferon, entre outros): durante o uso e até, pelo menos, 6 meses após a suspensão do imunobiológico.
– Paciente em programação de cirurgia eletiva: quando a vacina não estiver contraindicada pelas situações acima, considerar vacinação 30 dias antes ou 30 dias após o procedimento cirúrgico.
– Paciente com Leucemias agudas (mielóide e linfóide) e Linfomas de Hodgkin e não Hodgkin: durante o tratamento e até 6 meses após a última administração do quimioterápico ou da última sessão de radioterapia.
– Paciente com Mieloma Múltiplo e Leucemias Crônicas: deve ser avaliado cada caso individualmente.
Os pacientes que não puderem receber a vacina contra a febre amarela podem optar por outras medidas preventivas como: o uso de repelente, mosquiteiros nas janelas de casa e roupas que cubram o corpo, além de evitar áreas de risco.
Se você é paciente do Icesp e ainda ficou com alguma dúvida, entre em contato pelo “Alô Enfermeiro”: (11) 3893-2357.
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