Porto Velho (RO) – Diferentemente de todos os estados da federação, que tiveram uma queda acentuada na produção do milho por falta de chuva, Rondônia mantém o equilíbrio, e vai colher na primeira e na segunda safras deste ano (2015/2016) 663,7 mil toneladas, revelando uma produtividade de 4,1%, tendo em vista que a área plantada foi menor que da safra passada.
Isso não que dizer que houve um desempenho espetacular na produção, mesmo porque, assim como os demais estados, Rondônia sofreu também com a estiagem. Segundo dados do 10º Levantamento (julho) da Safra Brasileira de Grãos, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o crédito do desempenho rondoniense deve ser todo da região Sul do estado, especificamente do município de Vilhena, que teve uma experiência climática regular em todas as fases da produção.
O relatório da Conab destaca que o desempenho rondoniense poderia ter sido ainda melhor se não fosse o atraso no plantio que deveria ter ocorrido em janeiro na mesma área de colheita da soja – o milho é plantado no final da colheita e na mesma área da soja – tudo por causa da falta regular de chuvas, que diferentemente de anos anteriores só começaram a cair em outubro de 2015, quando a soja começou a ser semeada, da mesma forma, tardiamente.
A primeira safra 2015/2016 registrou uma produção de 102,4 mil toneladas, e a expectativa para a segunda safra, já em curso com a mobilização de equipamentos, é de que Rondônia colha mais 561,3 mil toneladas de milho numa mesma área onde se cultiva também o milheto, o girassol e o sorgo, lavouras que como as demais sentiram a falta de chuvas principalmente nas fases de formação dos grãos, segundo atesta a Conab.
O secretário de Estado da Agricultura, Evandro Padovani, falou das dificuldades que essas lavouras passaram com a estiagem em todas as fases de cultivo, mas comemorou o resultado, ressaltando o empenho pessoal do governador Confúcio Moura em apoiar e incentivar todos os grandes e pequenos projetos do setor produtivo, incluindo aos investimentos na produção de calcário e sua distribuição gratuita nas pequenas propriedades, através dos municípios.
Embora se produza milho de Norte a Sul do estado, os municípios de Vilhena, Corumbiara e Cerejeiras, pela ordem, são os campeões em produção e produtividade, revelando a aptidão nata da região Sul rondoniense, não muito diferente de outros municípios fora desta zona que investem também grandes somas na produção de milho e outros grãos, pois possuem grandes confinamentos de gado e cultivam esses grãos para produção de ração para alimentar esses animais. A venda do excedente da produção gera renda e possibilita novos investimentos nas propriedades.
US$ 6,4 MILHÕES EM EXPORTAÇÃO
Embora tenha diminuído sua área plantada de 165,5 para 161,7 mil hectares nesta safra, e mantendo uma produção igual à safra anterior, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rondônia faturou no primeiro semestre deste ano US$ 6,4 milhões com a exportação de 39,4 mil toneladas de milho, um desempenho 207% maior do que o resultado apurado no mesmo período de 2015, quando a produção foi de pouco mais de 10,7 milhões de toneladas, e a exportação ficou em US$ 2,1 milhões, segundo indica o relatório da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento.
O governador Confúcio Moura revelou-se satisfeito com a produtividade do milho rondoniense, destacando a possibilidade do estado ter um desempenho ainda melhor, pois além de Vilhena, Corumbiara e Cerejeiras, resultado desta safra e a própria pauta de exportação de milho de Rondônia deve muito também ao desempenho das lavouras de milho de Chupinguaia, Pimenteiras, Cabixi, Alto Alegre dos Parecis, Alta Floresta, Candeias do Jamari e Porto Velho, entre outros municípios, que no para Confúcio precisam de mais incentivos.
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