Governo prepara mutirão de combate ao Aedes aegypti em órgãos públicos

Ação em 28 de abril terá como foco as escolas, mas também ocorrerá em delegacias, postos de saúde e hospitais. O objetivo é manter os índices da dengue em queda

 

Brasília vem reduzindo os casos de dengue neste ano em relação a 2016. De acordo com o último boletim epidemiológico, divulgado em 29 de março, a diminuição foi de 89,42% — na semana anterior o índice foi 94% menor.

Para manter a queda de ocorrências, o governo de Brasília programa para 28 de abril mutirão para inspecionar órgãos públicos, com foco nas escolas. Estão previstas ações de campo e educativas.

De acordo com um dos coordenadores da força-tarefa de combate ao Aedes aegypti, o major do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito FederalOmar Oliveira Guedes Neto, os estudantes são naturalmente multiplicadores das informações. “Os alunos cobram a constante preocupação de professores e pais”, destacou o militar durante reunião ordinária da Sala Distrital Permanente de Enfrentamento ao Aedes aegypti nesta terça-feira (4).

O diretor de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde, Denílson Magalhães, em reunião que definiu as estratégias de combate ao Aedes aegypti

O diretor de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde, Denílson Magalhães, em reunião que definiu as estratégias de combate ao Aedes aegypti. Foto: Dênio Simões/Agência Brasília

 

Além das unidades de ensino, haverá inspeções em delegacias, postos de saúde e hospitais. A exemplo do ano passado, a força-tarefa pretende acionar órgãos públicos federais, como ministérios, para que também participem da ação.

Para o dia 18, está programada capacitação dos profissionais em educação para se tornarem multiplicadores das informações e das técnicas de vistoria em suas unidades de ensino. “A ideia é que isso se transforme em uma ação educativa continuada nas escolas do DF”, explicou o oficial.

Também participam da mobilização a Secretaria de Educação; a Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil, da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social; a Casa Civil; e o Exército Brasileiro.

Água estocada preocupa a Vigilância Ambiental

Conforme apontou o diretor de Vigilância Ambiental, Denílson Magalhães, uma outra preocupação é a questão domiciliar. Segundo ele, com o racionamento de água no DF, muitas pessoas estão estocando água em casa. “É fundamental que tomem as devidas precauções para não transformar esses reservatórios em criadouros de larvas”, enfatizou.

Magalhães ressalta que 15 equipes atuam simultaneamente, além dos agentes regionais, na inspeção residencial. O programa Cidades Limpas, atualmente na Fercal e em Sobradinho II, tem o reforço de cerca de 30 militares dos bombeiros e em torno de 20 agentes da vigilância empenhados no combate ao inseto.

Desde novembro de 2016, a Subsecretaria de Vigilância à Saúde, da Secretaria de Saúde, direciona o manejo ambiental com base nas informações colhidas por meio do Levantamento de Índices Rápidos do Aedes aegypti (LIRAa). O indicador é capaz de mostrar o nível de infestação do mosquito e o tipo mais comum de recipiente em que ele está se reproduzindo.

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