Pacientes ortopédicos do Distrito Federal estão à beira da morte

Nesta quarta-feira (01), às 19h30, o Sindicato dos Médicos do Distrito Federal será o palco do encontro de diversos atores da sociedade para, juntos, encontrarem uma solução para os pacientes que aguardam órteses, próteses e materiais especiais (OPMEs). Desses, 22 pacientes, com idades entre 51 e 91 anos, estão internados em seis Unidades de Traumatologia e Ortopedia (UTOs) da rede pública de Saúde em risco iminente de perder a vida

Estão convidados, além do secretário de Saúde do Distrito Federal, Humberto Fonseca, os promotores da PRO-VIDA e do PROSUS, do Ministério Público do DF, Associação Médica de Brasília, Conselho Regional de Medicina, subsecretário de Atenção Integral à Saúde, coordenador da Ortopedia e Traumatologia da SES/DF, coordenadores das UTOs dos Hospitais Regionais, presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara Legislativa do DF, a presidente da CLDF, deputada Celina Leão, profissionais da Saúde, em especial médicos ortopedistas e a imprensa.

 

Medidas urgentes são necessárias para estancar mortes e sofrimento evitáveis

Os 22 pacientes que correm risco de morte foram internados entre os dias 26 de março e 05 de maio. Eles estão sujeitos a pneumonia, escaras, infecção urinária entre outros riscos à saúde.

Se fossem submetidos à artroplastia de anca nas primeiras 48 horas após sua entrada nos centros de saúde, teriam alta em apenas quatro dias. Mas essas e outras cirurgias estão atrasando até mais de um mês por falta de material cirúrgico (placas, parafusos, fixadores e próteses), de leitos de UTI, de equipamentos parados por falta de manutenção e falta de anestesistas, enfermeiros e auxiliares de enfermagem.

Em 2015, foram feitos mais de 400 mil atendimentos de pronto-socorro nas UTOs do DF, entre 01/01/2015 e 31/12/2015. Os especialistas denunciam que parte desses pacientes estão morrendo e sofrendo sequelas pela falta de oferta de serviço adequado.

No caso de uma fratura de colo de fêmur, por exemplo, o procedimento cirúrgico, como previsto nos protocolos, deveria ser realizado em, no máximo, 48 horas. Observado o prazo preconizado, as estatísticas mostram que um dentre 10 pacientes necessita de internação em UTI após o procedimento.  Depois de 72 horas, essa estimativa sobe para sete internações em UTI.

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